Valor da lidocaína na profilaxia das disritmias ventriculares na fase aguda do infarto do miocárdio / Value of lidocaine in the prophylaxis of ventricular arrhythmias in the acute phase of myocardial infarction

Foram analisados 43 pacientes portadores de infarto agudo do miocardio (IAM), atendidos, em media, 7 horas apos o inicio da dor precordial. Foram selecionados, ao acaso, em 2 grupos: A (controle), constituido por 22 pacientes que nao receberam lidocaina profilatica e B, por 21 que a receberam. Na admissao hospitalar, todos foram submetidos a monitorizacao eletrocardiografica pelo sistema Holter, durante 24 horas. Aos pacientes do grupo B, foi administrada lidocaina no momento da instalacao do sistema Holter, no seguinte esquema: 200 mg por via venosa, em duas doses de 100 mg, com intervalo de 15 min, e infusao continua em solucao de glicose a 5%, 2 a 4 mg/min, durante 24 horas, iniciada com a primeira dose de 100 mg. Foram analisadas a incidencia e frequencia de extra-sistoles ventriculares (EV), taquicardia ventricular (TV) e fibrilacao ventricular (FV), nos 2 grupos. Nao se observou diferenca significativa entre ambos em relacao as EV (isoladas, multifocais, acopladas e tipo R sobre T) e a TV. Os 2 unicos casos de FV primaria (FVP), entretanto, pertenciam ao grupo A. Nao houve complicacoes decorrentes do uso da droga. Sugere-se que a lidocaina, em dose adequada, possa prevenir a FVP do IAM, embora nao suprima as demais disritmias ventriculares

Correlação entre a atividade plasmática da creatinoquinase MB e o eletrocardiograma convencional no infarto agudo do miocárdio / Correlation of plasma activity of creatine kinase MB and conventional electrocardiogram in acute myocardial infarction

Em 17 pacientes portadores de infarto agudo do miocardio foram obtidos quatro eletrocardiogramas convencionais no momento da internacao (ECGo) e no primeiro (ECG1), terceiro (ECG3) e quinto (ECG5) dias de evolucao. Foi estudada a possibilidade de correlacao entre variaveis eletricas de isquemia (segmento ST) e de necrose (ondas R, Q e grau de Q) e a massa infartada (MI) calculada atraves de analise da atividade plasmatica da fracao MB da creatinoquinase, por periodo de ate 48 horas. O retardo medio entre o inicio dos sintomas e o ECGo foi de 3,16 horas.A analise dos resultados mostrou nao haver correlacao significativa entre a somatoria dos segmento ST, a da onda R, a da onda Q e do grau Q com o valor de MI, fato que se mostrou inclusive independente da localizacao topografica e do tamanho do infarto. Os resultados sugerem que o eletrocardiograma convencional apresenta importantes limitacoes na quantificacao do processo isquemico no infarto agudo do miocardio

Recanalização mecânica da artéria coronária em pacientes com infarto agudo do miocárdio / Mechanical recanalization of the coronary artery in patients with acute myocardial infarction

Em 16 pacientes que foram submetidos a estudo cineangiocardiografico durante a fase evolutiva do infarto agudo do miocardio (IAEM) foi realizada a recanalizacao mecanica (RMC), por cateter, da arteria coronaria comprometida no processo do IAM. A analise dos resultados mostrou que a RMC pode ser obtida em 8 (50%) dos pacientes, todos com oclusao total da arteria coronaria direita. A reperfusao subsequente do miocardio isquemico se acompanhou de melhora significativa na funcao do ventriculo esquerdo. Contudo, recidiva precoce da oclusao arterial foi observada em 5 (62,5%) dos pacientes, 3 deles submetidos a nova RMC. Excluidos os pacientes que foram submetidos a tratamento cirurgico, em apenas 3 (37,5%) casos se observou, a longo prazo, permeabilidade da arteria coronaria. Esses resultados sugeriram que a RMC, como procedimento isolado, e de relativa efetividade da manutencao de persistente reperfusao do miocardio

Uso da estreptoquinase no infarto agudo evolutivo do miocárdio / Use of streptokinase in acute evolving myocardial infarction

Dez pacientes do sexo masculino, com idade media de 55,8 anos, portadores de infarto agudo evolutivo do miocardio (IAEM), localizado na parede anterior em 6 e na inferior em 4, foram submetidos a estudo cineagiocardiografico. O tempo decorrido entre o inicio dos sintomas e o estudo hemodinamico foi de 5,14 h (1,30 a 12 h).Em 9, notou-se oclusao total da arteria comprometida e em 1, havia suboclusao. A infusao intracoronaria de estreptoquinase na dose de 2000 - 4000 unidades por minuto e durante um periodo de ate 60 minutos, produziu a desobstrucao arterial em 88,88% dos pacientes com oclusao total. Apos a reperfusao do miocardio, notou-se desaparecimento da dor precordial, diminuicao do supradesenvolvimento do segmento ST e aumento significativo da fracao de ejecao do ventriculo esquerdo (de 0,53 +/- 0,11 para 0,60 +/- 0,13 p < 0,05). A infusao intracoronaria da estreptoquinase parece ser metodo seguro e eficiente na obtencao da desobstrucao arterial e consequente reperfusao do miocardio isquemico na grande maioria dos pacientes com IAEM